Goleiro do Atlético pedalava 25 km para treinar: veja 10 fatos sobe Oblak

Oblak pegou pênalti de Müller contra o Bayern e foi o herói da classificação do Atlético para a final da Liga dos Campeões (Matthias Schrader/AP)

1. Seu pai também era goleiro
Jan Oblak nasceu há 23 anos na cidade eslovena de Škofja Loka, e começou a jogar bola logo aos seis anos, incentivado pelo pai, Matjaz Oblak: "Virei goleiro por causa do meu pai. Lembro de imitá-lo atrás do gol enquanto ele treinava, e tentava me jogar igual a ele".

2. Sua irmã é jogadora de basquete
Teja, a irmã mais velha de Jan Oblak, também seguiu carreira no esporte e faz parte da seleção feminina de basquete da Eslovênia. Nas redes sociais, ela costuma postar mensagens de apoio ao irmão, e comemorou bastante a vitória sobre o Barcelona nas quartas de final da Liga dos Campeões:

3. Pedalava 25 km para treinar

O goleiro começou no time de sua cidade, o NK Ločan. Com apenas 10 anos, chamou a atenção do Olimpija Ljubljana, e passou a treinar na capital. Aos 16, já era titular do time. Mas sua vida não era nada fácil. Seus companheiros iam treinar de BMW, graças a uma parceria do clube com a montadora. Mas ele ainda não podia dirigir. Então, todos os dias, percorria de bicicleta os 25 km de sua casa em Škofja Loka até o centro de treinamento em Ljubljana.

4. Poderia ser engenheiro
Oblak era calouro na Escola Intermediária de Engenharia Mecânica de Škofja Loka quando assinou seu primeiro contrato profissional com o Olimpija Ljubljana, em janeiro de 2009. Ele tinha apenas 16 anos, e pouco tempo depois se tornaria o goleiro titular do time. Mas, caso as coisas não dessem certo no futebol, ele já estava bem encaminhado.

5. Quase jogou na Inglaterra
Em julho de 2009, meses depois de assinar com o Olimpija, Oblak aproveitou as férias para passar por um período de testes no Fulham, da Inglaterra, onde treinou com os juniores. No ano anterior, ele já havia feito o mesmo no Empoli, da Itália. Ambos os clubes chegaram a oferecer contrato, mas, na época, Oblak preferiu ficar na Eslovênia.

6. Foi "cigano" em Portugal

Aos 17 anos, Oblak foi transferido para o Benfica, que pagou 3,9 milhões de euros, quantia que chegou a ser questionada por torcedores e conselheiros por ser muito alta para um jogador desconhecido. Imediatamente, foi emprestado. Passou por Beira-Mar, Olhanense, União Leiria e Rio Ave – só os dois últimos deram oportunidades ao jovem goleiro.

7. Título e traumatismo craniano

Na temporada 2013/2014, Oblak voltou ao Benfica para ser reserva. Quando o brasileiro Artur Moraes se lesionou, o esloveno estreou como titular e se firmou na posição. O Benfica foi campeão português, e ele ganhou o prêmio de melhor goleiro da competição. Mas a sua titularidade esteve em risco no jogo contra o Arouca, quando precisou ser substituído depois de um choque com o atacante. Foi diagnosticado com traumatismo craniano, mas a recuperação foi rápida e ele voltou a tempo de participar do jogo do título contra o Olhanense.

8. Goleiro mais caro da Espanha

Logo depois de ser campeão português, Oblak foi anunciado como reforço do Atlético de Madri. O time colchonero pagou a multa rescisória de 16 milhões de euros, e o esloveno se tornou o goleiro mais caro da história do Campeonato Espanhol. Oblak assinou contrato de seis anos e chegou como substituto do belga Thibaut Courtois, que tinha acabado de voltar para o Chelsea após o fim do empréstimo.

9. Esquentou banco no Atlético

Os primeiros dias de Oblak em Madri não foram nada animadores. Após uma lesão na pré-temporada, perdeu a titularidade para Miguel Ángel Moyà. Quando teve sua primeira chance, o time acabou perdendo para o Olympiacos na fase de grupos da Liga dos Campeões. A consagração viria nas oitavas, contra o Bayer Leverkusen. Moyá se lesionou, e Oblak saiu do banco para ser herói da classificação ao defender uma cobrança na decisão por pênaltis.

10. Recorde no Espanhol

Não demorou para Oblak virar titular absoluto do Atlético de Madri. No último Campeonato Espanhol, o esloveno sofreu apenas 18 gols em 38 jogos, igualando o recorde de Francisco Liaño, goleiro do La Coruña em 1994. Oblak terminou 22 jogos sem levar gol na temporada, mais do que qualquer outro goleiro da história do Atlético. E foi o grande destaque da classificação para a final da Liga dos Campeões, com uma atuação de gala na semifinal contra o Bayern de Munique, quando pegou um pênalti de Müller. Resta saber se ele vai conseguir parar o ataque do Real Madrid na decisão.