Torcidas invadem o campo, começam batalha e partida é suspensa em Honduras

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A partida entre Real España e Marathón, pela primeira perna da semifinal da Liga Nacional de Honduras, terminou da pior maneira possível. O jogo foi suspenso na metade do segundo tempo depois de ambas as torcidas invadirem o campo e iniciarem uma batalha no gramado do estádio Morazán.

A Máquina, apelido do Real, vencia por 2 a 0 quando, aos 26 minutos do segundo tempo, o árbitro Armando Castro assinalou pênalti de Bryan Barrios sobre Chino López. Poderia ser o terceiro tento dos donos da casa. Porém, os jogadores do Marathón ficaram inconformados e pressionaram o juiz por cerca de cinco minutos.

Enquanto ele consultava os assistentes para confirmar ou não a penalidade, torcedores do time visitante que estavam atrás da meta onde foi sinalizada a falta começaram a forçar os portões para entrar no gramado. Depois de muito tentar, conseguiram arrebentar as trancas e ingressar no gramado. Muitos objetos começaram a ser arremessados na equipe de arbitragem e nos jogadores. O campo precisou ser abandonado pelos profissionais.

Ao mesmo tempo, do outro lado, a torcida do Real España também pulou grades e arrebentou portões para invadir o campo. Como eram maioria, correram em direção aos rivais e forçaram os torcedores a correr de volta às bancadas. A polícia entrou e dispersou todos com bombas de gás lacrimogênio. Mesmo assim, muitos torcedores seguiram brigando e, inclusive, pegaram alguns artefatos bélicos e arremessaram contra a torcida rival.

A rixa não é de hoje. Em 2015, outra batalha campal teve dezenas de feridos em uma situação muito parecida a desta quarta-feira. O clássico sampedrano já teve várias páginas tristes como essa em sua história.

Nesta quinta-feira, a federação hondurenha deve decidir se mantém o placar ou realiza uma nova partida para resolver de maneira esportiva. O jogo de volta, no estádio Yankel Rosenthal, está confirmado para este sábado.