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Maria Esther Bueno é velada em São Paulo com homenagem de ex-tenistas

UOL Esporte

09/06/2018 09h54

Rubens Reis/UOL

Maria Esther bueno é velada em São Paulo

Amigos, familiares e personalidades do tênis dão o último adeus a Maria Esther Bueno neste sábado (09). A lenda do tênis brasileiro morreu na noite de sexta vítima de câncer e está sendo velada no Salão Oval do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

O velório segue até as 15h na sede do governo estadual paulista e o sepultamento acontece às 16h no Cemitério da Consolação, reservado apenas a familiares.

Sobrinho de Maria Esther, Pedro Bueno, lembrou da relação que a dona de 19 títulos de Grand Slam tinha com a família, como uma grande contadora de histórias. "A gente é a família mais próxima, porque ela não teve filhos, era sempre muito próxima, muito querida.  Uma pessoa alegre, divertida, que gostava de conversar, de contar histórias, muitas histórias, dos 50 anos jogando no mundo inteiro, conhecendo reis e rainhas, uma pessoa incrível, fantástica e muito amável, carinhosa, muito próxima e sempre disponível", disse o filho do também ex-tenista Pedro Bueno, irmão de Maria Esther que chegou a representar o Brasil na Copa Davis.

Ex-tenistas brasileiros como Cássio Motta e Fernando Meligeni marcaram presença logo cedo para a última homenagem à lenda do tênis. Atualmente comentarista da ESPN, Meligeni lembrou das histórias com ela e criticou a falta de memória do país.

"Ela no final da carreira, nos últimos anos depois que parou de jogar ficou um pouco mais quieta, era a personalidade dela, quem conhece e conviveu um pouquinho, a gente encontrava de vez em quando no Harmonia jogando tênis. Importantíssima, uma referência num esporte que tem tão poucos ídolos, realmente é muito triste", comentou Fernando Meligeni.

"A gente tem um defeito aqui no Brasil que a gente não consegue reconhecer os atletas, as pessoas que já passou muito tempo, a gente não tem muito a referência de chegar no teu filho com 8 anos e fala 'você sabe quem é essa pessoa? Sabe o que ela fez?'. Tem que informar. As pessoas não conhecem a história da Maria Esther e quem conhece sabe o quanto que ela é idolatrada lá fora, ia para Londres todo ano com um carinho da realeza porque ela era impressionante, era a bailarina. E no Brasil a gente esqueceu dela, mais um dos nossos grandes ídolos que muita gente lembra quando morre ou quando tem algum tipo de problema. Acho que a gente tem que mudar isso, ela foi fundamental para o esporte", ressaltou.

"Ela e o Thomaz (Koch) sempre foram as referências numa época em que pouco se falava sobre tênis. Eu adorava conversar com ela para saber como era o tênis daquela época, iam de navio para os campeonatos, não tinham premiação nenhuma, nenhum tipo de glamour, era amor ao esporte mesmo", disse Meligeni.

Rubens Reis
Colaboração para o UOL, em São Paulo

 

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