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Jogadora de 8 anos é expulsa de torneio nos EUA após ser confundida com menino

UOL Esporte

06/06/2017 19h31

(Crédito: Reprodução)

Os organizadores de um torneio infanto-juvenil no estado do Nebraska (EUA) desclassificaram um time feminino da cidade de Omaha no final de semana. O motivo: uma das jogadores seria um menino.

Mili Hernandez, de 8 anos, defende o Azzuri Cachorros e ajudou sua equipe a chegar na final do competição da categoria até 11 anos, na qual atuava. No entanto, pouco antes da decisão, a equipe foi informada a respeito da desclassificação.

"Eu sempre usei cabelo curto", contou Mili à TV WOWT 6, uma afiliada da rede NBC. "Só porque eu pareço um menino não quer dizer que eu seja um menino. Eles não tinham motivo para eliminar toda a equipe", completou a jogadora.

O pai de Mili, Gerardo, chegou a apresentar documentos da menina à organização, tentando – sem sucesso – reverter a decisão. "Ela estava chorando. Eles a fizeram chorar", disse Gerard.

A história chamou a atenção de alguns dos principais nomes do futebol feminino da história dos EUA. Eleita a melhor jogadora do mundo em 2001 e 2002, Mia Hamm convidou Mili para participar de treinos na TeamFirst Soccer Academy, centro de formação de jogadoras que coordena.

"Ei, Mili. Nós gostaríamos de receber você em nossos treinos na TeamFirst. Seja você", disse Hamm, bicampeã do mundo (1991 e 1999) e bicampeã olímpica (1996 e 2004), em sua conta no Twitter.

A compatriota Abby Wambach, vencedora do prêmio de melhor jogadora do mundo em 2012, reforçou o discurso de Mia Hamm. Nas redes sociais, a ex-atacante pedia aos seguidores os contatos do clube de Mili Hernandez para conversar com o presidente.

"Mili, nunca deixe ninguém te dizer que você não é perfeita do jeito que você é. Eu venci campeonatos com o cabelo curto", disse Wambach, campeã da Copa do Mundo (2015) e bicampeã olímpica (2004 e 2012) com a seleção dos EUA.

Em comunicado, a Associação de Futebol de Springfield, organizadora da competição, disse que a aparência da menina não foi responsável pela eliminação. Segundo a nota, a decisão foi tomada após um problema na documentação da equipe, no qual Mili havia sido registrada como um menino.

"Incluir um menino no elenco de uma equipe feminina é uma violação das regras do torneio", diz a entidade – sem, porém, deixar claro quem identificou Mili como um menino na inscrição.

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