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"CS" é coisa do passado! Conheça o game-sensação que cativou Neymar

UOL Esporte

10/01/2018 04h00

"Counter-Strike" deixou de ser o único passatempo de Neymar no tempo livre do futebol. O craque do Paris Saint-Germain parece estar deixando de lado o tradicional game de tiro em troca da sensação de 2017, "PlayerUnknown's Battlegrounds" – "PUBG" para os íntimos.

A tendência tem sido observada nas últimas semanas, nas fotos e vídeos compartilhados pelo atleta nas redes sociais. Em vez de divulgar imagens com seus resultados ou partidas no "CS", Neymar tem postado seus resultados em "PUBG". Em poucos dias, o camisa 10 já soma dezenas de horas dentro do game, como mostra seu perfil na plataforma Steam.

Ainda está longe de "CS", mas Neymar tem se dedicado a "PUBG"

A paixão de Neymar é tanta que ele utilizou o Twitter para contatar o criador do jogo, Brendan Greene – também conhecido como PlayerUnknown –, pedindo um servidor particular. O tuíte publicado na terça-feira (9) chama atenção por se diferenciar de outras publicações nesta rede social, a qual ele tem usado quase exclusivamente para publicidade ou promoção de seus produtos.

A mensagem de Neymar veio um dia depois do próprio PlayerUnknown compartilhar uma captura de tela do Instagram Stories do jogador. Na imagem, o quarteto formado pelo atacante e três "parças" aparece no lobby do jogo, pronto para mais uma partida de "PUBG". Também foi no game que o atacante do PSG se declarou para Bruna Marquezine há uma semana.

Mas que raios é esse jogo que cativou a estrela da seleção brasileira? "PUBG" começou a ser vendido em março de 2017, ainda como uma versão inacabada do produto 1.0 que foi lançado oficialmente em dezembro do mesmo ano.

Na essência trata-se de um game de tiro online com perspectiva em primeira ou terceira pessoa. No entanto, ele é creditado como o pioneiro em novo gênero de jogos, chamado battle royale.

O conceito é o seguinte: você é um jogador que cai de paraquedas em uma ilha (ou deserto) ao lado de outros 99 desafiantes. Vence o único sobrevivente do combate, realizado em um mapa amplo que vai encolhendo com o passar do tempo, forçando a proximidade e o confronto entre os jogadores – lógica semelhante à dos livros e filmes da série "Jogos Vorazes", só que com mais desafios na arena.

Há variações para a fórmula, com combates em duplas e times maiores, mas as chances de vitória são baixas independentemente do modo escolhido, dado o número de competidores.

Comercializado sem grande pompa inicialmente, "PUBG" teve um crescimento orgânico de popularidade, sem a necessidade de campanhas de publicidade ou o vínculo com alguma grande distribuidora da indústria dos jogos. O game virou querido dos streamers, jogadores que transmitem sua atividade, e disparou nos rankings dos mais assistidos da plataforma Twitch, atraindo milhões de interessados mundo afora.

O sucesso-surpresa abalou a infraestrutura online montada por Brendan Greene, que eventualmente conseguiu estabilizar os servidores, apesar do crescimento desenfreado da base de jogadores. De acordo com o site Steam Spy, que rastreia o número de compras no Steam, "PUBG" superou a barreira das 27 milhões de vendas em menos de um ano.

Somente em janeiro de 2018, o game teve picos de 3 milhões de jogadores simultâneos online em pelo menos dois dias, tamanha a popularidade global atingida.

Nada mal para um projeto que começou em 2013 como uma modificação do jogo "ARMA 2", criada enquanto Brendan Greene vivia em Varginha, no interior de Minas Gerais. Em um intervalo de menos de cinco anos, a cria de PlayerUnknown se tornou um produto próprio que atrai a atenção de milhões em todo o planeta – dentre eles, o jogador mais caro da história do futebol.

Rodrigo Trindade
Do UOL, em São Paulo

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A equipe de jornalistas do UOL Esporte seleciona para você os fatos mais curiosos, os vídeos mais divertidos e tudo que viralizou nas redes sociais.

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