Musas do Esporte 10 - Maya Gabeira
UOL Esporte
25/04/2011 06h46
A musa que abriu mão do escritório para arriscar a vida no mar
Crédito: Divulgação Red Bull
Maya Gabeira poderia ter sido política ou jornalista, para citar duas carreiras em que o pai Fernando Gabeira se destacou, mas decidiu ir pelo caminho mais difícil e, principalmente, mais perigoso. Esta loira carioca nunca deu muita bola para a política, gostava mesmo era de praia e aos 17 anos quis se tornar surfista de ondas gigantes.
E este "gigantes" não é uma figura de linguagem. A carioca de 25 anos pega ondas que muitas vezes alcançam os dez metros de altura e colocam medo em muito marmanjo. Mas engana-se quem pensa que a nossa musa é uma mulher destemida. "É claro que eu tenho medo, senão não fazia isso. Você precisa ter medo porque é ele que te faz tomar cuidado, se proteger. Sem medo não tem adrenalina".
ÁLBUM
E neste meio perigoso, esta musa se tornou uma das melhores, tornando-se quatro vezes vencedora do prêmio Billabong XXL Global Big Wave Awards, uma espécie de "Oscar das ondas gigantes". Em breve, serão anunciados os vencedores da edição 2011 e a musa carioca, claro, foi novamente indicada.
De política mesmo, fala pouco, "mais escuto do que falo", repete nas entrevistas. Maya, porém, respeita bastante a opinião do pai, ex-deputado federal. Morando na Califórnia, a relação entre os dois é distante, especialmente por conta da proibição de Gabeira em entrar nos EUA por conta do seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick, ainda em 1969.
O surf na vida da loira começou na adolescência no Rio de Janeiro, quando aos 15 anos de idade já competia em torneios amadores. Porém, foi apenas aos 17 anos, quando foi morar na Austrália, que ela conheceu o surf de ondas grandes e resolveu se dedicar ao esporte.
Está vendo o ponto preto no meio da onda? Esta é Maya Gabeira. Suurfar ondas deste tamaho (ou maiores) é o que ela faz para viver. Você teria coragem? Crédito: Divulgação/Red Bull
Maya é uma das poucas mulheres neste ambiente bastante masculinizado das ondas gigantes. A modalidade exige força e resistência, além de coragem, muita coragem, o que acaba afastando as mulheres das competições.
Tomar um caldo de uma onda gigante é como ser atropelada
por um caminhão ou ser nocauteada. O impacto é muito
grande e você leva várias porradas dentro da onda
Loira, bonita, carismática e com um corpo compatível com o esforço que realiza no mar, a surfista rechaça o rótulo de musa. Suas roupas são despojadas, o boné é uma constante nas entrevistas e posar nua, jamais. "Gosto de me sentir bonita e bem, mas acho que isso vem mais de dentro do que de fora", disse ao UOL Esporte, em 2010.
Os namorados são outro aspecto bastante restrito da vida de Maya. Talvez por morar na Califórnia, talvez por evitar exposição da sua vida pessoal, a gata raramente é vista em eventos sociais e, pelo que se sabe, meninos, ela não tem namorado.
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