Joy Tomkins e sua polêmica boneca de tricô. Crédito: Reprodução/Daily Mail

Famosa no Reino Unido por ter tatuado a frase "Não me ressuscite" no peito no ano passado, pedindo que a deixassem morrer tranquilamente, a aposentada Joy Tomkins voltou a ser protagonista de uma polêmica na terra da Rainha. Neste mês, a mulher de 81 anos foi impedida pelo Comitê Organizador dos Jogos de Londres-2012 de comercializar uma bonequinha de tricô que ela mesma havia costurado. Por quê? Porque a roupa do brinquedo trazia os caracteres "GP 2012" e o logo olímpico, os famosos cinco aros que representam os continentes.

A bonequinha loira de olhos azuis seria vendida por apenas 1 libra (cerca de R$ 3,45 segundo cotação desta quarta-feira) em um bazar de caridade que buscava fundos para uma igreja de Londres. Mas Tomkins foi alertada pelos colegas, que viram a roupinha, que a boneca poderia burlar as regras britânicas e olímpicas.

Segundo as rigorosas regras estabelecidas há anos, o logo olímpico só pode ser usado por redes credenciadas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), sob pena de multas e outras sanções.

A vovó de 81 anos não gostou nada do que ouviu e até chegou a mandar uma carta para Sebastian Coe, chefe do Comitê Organizador.

"Isso é absolutamente ridículo. Eu achava que os arcos eram universais, e acho nojento que se façam regras como essas", desabafou Joy Tomkins ao tabloide britânico Daily Mail.

As reclamações da mulher não surtiram efeito, e a comercialização da boneca foi realmente proibida com aquela roupa, embora nenhuma punição deva ser aplicada neste caso. "Há vezes em que o uso desautorizado de nossa marca é o resultado de puro entusiasmo pelos Jogos, sem levar em consideração as questões comerciais ou sem entender nossos direitos legais. Nesses casos, nós vamos levar isso em consideração", diz o site oficial dos Jogos.