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Mundial do Palmeiras faz 65 anos e foi mais difícil que o atual em 5 pontos

UOL Esporte

22/07/2016 06h00

Nesta sexta-feira, dia 22 de julho, o título do Palmeiras na Copa Rio de 1951 completa 65 anos. Embora reconhecido como a primeira competição mundial entre clubes, sua legitimidade ainda é questionada pelos torcedores rivais. Mas, pelo menos nos 5 quesitos a seguir, o torneio que apontou o primeiro campeão do mundo foi mais difícil do que os organizados pela Fifa hoje em dia.

1. Força dos participantes

Como na época não havia Libertadores, Liga dos Campeões e nem mesmo Brasileirão, os representantes brasileiros foram o Palmeiras e o Vasco, campeões regionais. O Nacional, campeão do Uruguai, foi o outro sul-americano. Mais cinco clubes vencedores de suas ligas na Europa vieram ao Brasil: Sporting, Áustria Viena, Estrela Vermelha, Nice e Juventus. O formato atual reúne seis campeões continentais e um do país-sede. Tem mais representantes de países sem tradição no futebol e deixa apenas uma vaga para a Europa e uma para a América do Sul.

 

2. Duração do torneio

Os dois últimos Mundiais aconteceram entre os dias 10 e 20 de dezembro. A Copa Rio de 1951 exigiu mais tempo de concentração das equipes. Teve o dobro da duração: foi disputada entre os dias 30 de junho e 22 de julho, com jogos divididos entre os estádios do Pacaembu e do Maracanã.

 

3. Formato de disputa

Hoje, um time sul-americano ou europeu precisa de dois jogos para vencer o Mundial da Fifa. O Palmeiras precisou de sete. O formato foi mais parecido com o do Mundial de 2000, vencido pelo Corinthians: os oito participantes foram divididos em dois grupos de quatro, com os times se enfrentando entre si. Mas, diferente de 2000, os primeiros colocados dos grupos se enfrentaram em uma semifinal antes da decisão.

 

4. Ida e volta fora de casa

Na primeira fase, o Grupo Rio de Janeiro fez todos os jogos no Maracanã, e o Grupo São Paulo, no Pacaembu. Depois, os confrontos passaram a ser decididos em partidas de ida e volta. E o Palmeiras fez todos os duelos eliminatórios no Maracanã. Na semifinal, o Vasco era favorito por ter a base da seleção de 50, e ainda contava com a maioria da torcida. Para piorar, o atacante palmeirense Aquiles fraturou a perna, mas o time paulista se superou e venceu o primeiro jogo, classificando-se para a final após empatar o segundo. O mesmo aconteceu na final contra a Juventus: vitória por 1 a 0 na ida e empate por 2 a 2 na volta, garantindo a festa brasileira no Maracanã.

 

5. Trauma de 1950

O Palmeiras entrou em campo contra a Juventus com a responsabilidade de apagar a decepção do ano anterior, quando o Brasil perdeu o título da Copa de 1950 para o Uruguai no Maracanã lotado. A Copa Rio foi organizada pela antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) justamente com o intuito de resgatar o orgulho nacional no futebol. O que explica a grande comoção na chegada dos campeões a São Paulo. Os jornais da época noticiaram um milhão de pessoas nas ruas para festejar a conquista.

Campanha do Palmeiras na Copa Rio de 1951

30/06/1951 – Palmeiras 3 x 0 Nice-FRA (Pacaembu)
05/07/1951 – Palmeiras 2 x 1 Estrela Vermelha-SER (Pacaembu)
08/07/1951 – Juventus-ITA 4 x 0 Palmeiras (Pacaembu)
12/07/1951 – Palmeiras 2 x 1 Vasco (Maracanã)
15/07/1951 – Vasco 0 x 0 Palmeiras (Maracanã)
18/07/1951 – Palmeiras 1 x 0 Juventus-ITA (Pacaembu)
22/07/1951 – Juventus-ITA 2 x 2 Palmeiras (Maracanã)

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