No dia 4 de agosto de 1973, nascia um dos personagens mais queridos do futebol brasileiro. Marcos Roberto Silveira Reis só vestiu duas camisas em 20 anos de carreira profissional: a do Palmeiras e a da seleção brasileira. Foi suficiente viver muitas histórias engraçadas que ele sabe contar como ninguém. No aniversário do Marcão, reunimos alguns dos seus causos imperdíveis:

1. Ajudante de ladrão

Quando Marcos participou do programa Papo de Boleiro, da Band, em 2011, contou a seguinte história ao repórter Fernando Fernandes: "Estava eu e o Zezinho, cunhado do Sérgio [ex-goleiro do Palmeiras], o Sérgio morava num apartamentinho na rua Caio Graco, ali na Lapa. Aí a gente estava lá, na janelinha, olhando a rua, conversando, estava chovendo. Aí passaram uns caras empurrando um carro, um Monza. Falei 'olha lá, Zezinho, coitado, na chuva, empurrando o carro, vamos lá ajudar'. Eu tinha vindo do interior, né. Aí empurramos, o carro pegou e os caras falaram 'obrigado, vai com Deus'. Na hora em que nós estamos voltando, tinha um cara desesperado, correndo e gritando 'roubaram meu carro!'. Era o carro que a gente tinha ajudado a empurrar. 'Você viu um carro assim passando por aí?'. E eu falei: 'Rapaz, não vi não…"'.

2. "Tem Chrysler aí?"

Em 2008, durante sua participação no programa Terceiro Tempo, Marcos relembrou o dia em que pegou um carro emprestado para viajar até Cuiabá: "Estamos indo lá para a casa do meu irmão, aí estourou o pneu de um caminhão e pegou no vidro do carro, eu estava com uma Cherokee, trincou todo o vidro. A Cherokee era nova, e falei 'será que lá em Cuiabá tem concessionária da Chrysler? Vou ligar para o meu irmão'. Peguei o celular, liguei e falei: 'Ô Sérgio, tem Chrysler aí em Cuiabá?'. E ele falou: 'Ih, pode vir que a geladeira tá cheia, tem Chrysler, Brahma, Antarctica"'.

3. Feijão na cara

O áudio foi divulgado pela primeira vez na rádio Jovem Pan, e continua fazendo sucesso no Whatsapp (veja o vídeo no começo da matéria). O ex-goleiro Sérgio convidou Marcos para almoçar na sua casa e aconteceu o seguinte: "A mulher dele tinha feito um monte de comida, mas não tinha feito feijão. Aí ele quis reclamar: 'Por que não tem feijão?', falou bravo. E ela falou: 'tem feijão, peraí que vou pegar pra você'. Ela voltou com uma lata de feijão e mandou no meio da cara dele. E eu no meio, né, casal brigando, levantei e saí fora, fui lá na sacada. Falei: 'vai matar ela'. Na hora que eu voltei, ele estava catando o feijão no chão. Aí falei pra ele: 'mas você não fez nada?'. E ele falou assim: 'se fosse cozido…"'.

4. Forró do Gerson

Em outra parte do mesmo áudio, Marcos relembrou o dia em que o Palmeiras ganhou um jogo no Recife e o técnico Vanderlei Luxemburgo liberou os jogadores para uma comemoração à noite. Mas, como ninguém conhecia a cidade, não sabiam onde ir. "Aí o Amaral falou: 'eu vi um negócio cheio de gente, lá na entrada da cidade, cheio de luz. Forró do Gerson'. Então vamos lá. Os taxistas disseram que não conheciam o lugar. Aí foram de táxi lá para a entrada da cidade e era Forro e Gesso Materiais de Construção". O próprio Amaral confirmou a história e disse que ainda teve que pagar o táxi de todo mundo.

5. Promessa "migué"

Antes da final da Copa de 2002, Marcos estava ansioso. Pelo título e pelo prêmio em dinheiro que ganharia em caso de vitória. "Estava fazendo uma oração no banheiro e falei 'Deus, se você me ajudar a ganhar essa Copa do Mundo e a não errar nada, vou doar 50% do bicho para instituições de caridade'. Aí eu fui pro quarto, deitei, e a consciência pesou. Voltei pro banheiro e disse 'ó, meu Deus, o senhor sabe que 50% não vai dar, né. Mas 5% é garantido"'. Pelo jeito, foi suficiente…