Lanterna do Campeonato Boliviano, com apenas uma vitória em dez rodadas, o Real Potosí vive situação caótica. Os jogadores estão com salários atrasados há quatro meses e, para não passarem fome, decidiram vender as próprias chuteiras, segundo disse o técnico da equipe, Sergio Apaza, ao jornal "El Deber".

O elenco entrou em greve desde a última segunda-feira (17) e chegaram a fechar ruas do entorno da sede do clube para cobrar um posicionamento dos dirigentes sobre a crise financeira.

"Os jogadores tiveram de vender as próprias chuteiras para poderem ter dinheiro para os filhos. Mais de metade dos nossos jogadores estão abaixo do peso", lamentou Apaza, que comprou suprimentos para ter o que oferecer ao elenco após os treinamentos.

Nesta quarta-feira (19), o Real Potosí tem compromisso contra o San José, pelo Boliviano, mas há o risco de a equipe não entrar em campo.

Calixto Santos, presidente do clube, havia prometido quitar a dívida no último domingo, o que não aconteceu. "Eles dão os prazos, mas não conseguem cumprir. Não pagaram nada até agora", disse o zagueiro Herman Soliz.