Punhobol e corfebol: conheça esportes bizarros da "2ª divisão" das Olimpíadas
Crédito: EFE/STR
As Olimpíadas reúnem, a cada quatro anos, os principais esportes do mundo. Só que muita gente fica de fora do principal evento esportivo do planeta porque pratica esportes que não são tão famosos, e assim não se encaixam nos critérios do Comitê Olímpico Internacional para entrar no programa dos Jogos.
O que acontece, então? Eles entram nos Jogos Mundiais, espécie de "Segunda Divisão" das Olimpíadas, evento que reúne os "excluídos". Neste ano, os Jogos ocorrem em Cali, na Colômbia, desde o último dia 25 de julho, e terminam neste domingo.
Só que muita bizarrice aparece lá. Conheça 10 esportes que, provavelmente, jamais aparecerão nas Olimpíadas, mas fazem sucesso nos alternativos Jogos Mundiais.
Punhobol
Poucos esportes coletivos no Brasil podem dizer que possuem quatro títulos títulos mundiais, juntando mulheres e homens. O punhobol é um deles. Nesse esporte em que os atletas apenas podem socar a bola, o Brasil tem dois títulos de Campeonato Mundial entre os homens, um entre mulheres, e é o atual campeão dos Jogos Mundiais no masculino.
Mas o que é o punhobol?
Duas equipes de cinco atletas são divididos em uma quadra com uma corda esticada a 2 m de altura no centro. Como no vôlei, o objetivo é colocar a bola no chão do rival (sem encostar na corda), mas só se pode encostar na bola com o punho ou o antebraço. A disputa é em melhor de cinco sets de 11 pontos.
Corfebol
Espécie de basquete, o corfebol é jogado de forma mista, com mulheres e homens no mesmo time – dois times de oito, com quatro mulheres e quatro homens. E sé é permitido marcar jogadores do sexo oposto.
Com uma bola que lembra a de futebol, o objetivo é encestar a bola, assim como no basquete, mas em uma cesta sem redes e sem tabela para ajudar a mira. Só que correr ou quicar a bola não é permitido.
Crédito: Divulgação/Jogos Mundiais
Cabo de Guerra
Esporte olímpico entre 1900 e 1920, o Cabo de Guerra ainda vive nos Jogos Mundiais.
Oito atletas de cada lado tentam puxar a corda mais forte que o adversário – vence quem fizer a corda rival passar quatro metros do centro.
Crédito: Divulgação/Jogos Mundiais
Corrida de patins
Pensava que patins com rodinhas era só uma brincadeira de criança e que, em esportes profissionais, só patins de gelo ou para apresentações artísticas existiam? Nada disso.
Nos Jogos Mundiais, corridas com patins in-line são esporte, em diversas distâncias.
Crédito: AFP PHOTO/LUIS ROBAYO
Sumô
Acha que o sumô é uma luta exclusivamente japonesa? Nada disso. Lutadores de todo o mundo se reúnem nos Jogos Mundiais para disputar quem consegue retirar o rival da área demarcada primeiro.
E qualquer um pode participar: o sumô não possui restrição de peso. Mas, claro, os "gordinhos" dominam por motivos óbvios.
Crédito: EFE/Christian Escobar Mora
Natação com pé de pato
Quando César Cielo nada os 50 m livre, é comum ele terminar a prova sem levantar a cabeça para respirar. Há uma versão da natação em que isso é simplesmente o normal.
É a natação submersa – que fez parte dos Jogos Olímpicos de 1900, em Paris. Modernizada, ela sobrevive nos Jogos Mundiais até hoje – os nadadores atravessam a água em apneia.
Só que também há a versão regular, na superfície. Com o pé de pato, os recordes são muito superiores aos da natação normal: nos 50 m, por exemplo, a marca é de 14s34, contra 20s91 de Cielo.
Crédito: Divulgação/Jogos Mundiais
Dança
Sim, dança aqui é esporte. Até samba entra na dança, com o perdão do trocadilho.
Crédito: Divulgação/Jogos Mundiais
Pólo de Canoa
Os "gladiadores aquáticos" tentam colocar uma bola no gol adversário, enquanto "passeiam" de canoa e batem com os remos nos barcos adversários. Sim, isso existe e é esporte olímpico – ou da "Série B" olímpica.
Crédito: Divulgação/Jogos Mundiais
Salvamento/Orientação
Salvar vidas é um esporte. Confuso, certo? Tentaremos explicar: uma série de eventos tenta provar as técnicas, forma física e motivação de atletas em situações que encontram no dia a dia de seus trabalhos. Quais trabalhos? Salvar vidas. Ou seja, é um esporte em que os participantes ficam por exemplo, no dia a dia, na praia, observando que não sabe nadar. E sim, eles precisam buscar pessoas de verdade (ou bonecos em tamanho real) nas situações perigosas dentro da competição.
Já a orientação consiste em salvar a si próprio. Os atletas são colocados em um ponto desconhecido e precisam usar um mapa para passar por diversos terrenos e chegar o mais rápido possível ao ponto final. Eles são obrigados a passar por pontos de referência, para garantir que não foram "espertinhos" e cortaram caminho.
Crédito: Divulgação/Jogos Mundiais
Por Felipe Noronha
Do UOL, em São Paulo
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