Da inexistência e papelão até quase real: a evolução da torcida nos games
"Torcida não entra em campo" é uma frase famosa entre os fãs de futebol. Nos games do gênero, o ditado também é verdadeiro. Por várias gerações, os games de futebol usavam os torcedores apenas de forma figurativa no cenário. Entretanto, as novas tecnologias estão permitindo que a torcida não só influencie o "fator casa", com também tenham gráficos mais realistas e comportamento personalizado.
Confira um pouco da história das torcidas dos simuladores de futebol e acompanhe como esse recurso demonstra a evolução dos próprios vídeo games.
Que torcida?
Nos games mais antigos, a possibilidade de inserir torcedores ao lado do campo era praticamente impossível. A começar porque nem mesmo os jogadores pareciam realmente com jogadores de futebol. Um exemplo claro da limitação do poder gráfico dos games de futebol antigos é Pele's Soccer, título lançado para o Atari 2600 em 1981. Para se ter uma ideia, bola era um quadrado branco nesse jogo.
Com o passar dos anos, os games de futebol foram ganhando mais detalhes e, aos poucos, incluindo espaço para os expectadores das partidas. O título Soccer, de 1987, para o NES se tornou bastante famoso no final dos anos 80. Apesar de não mostrar a torcida, o jogo trouxe uma inovação: cheerleaders dançando durante o intervalo das partidas.
Torcida de papelão
Fifa International Soccer, lançado em 1994 para o console SNES foi o primeiro da franquia que é uma das mais famosas do estilo. O game contava com o poder de uma geração de 16-bit, o que tornou possível aos desenvolvedores criarem pela primeira vez uma torcida animada ao longo do campo.
No game, que ainda tinha gráficos bastante simplificados, os torcedores só apareciam quando a bola se aproximava da linha de fundo ou das laterais do campo. Uma curiosidade é que a programação do jogo fazia com que a bola batesse na torcida e quicasse, não importando o ponto em que ela atingisse. Nada de torcedores levando a pelota de brinde para casa.
Outro exemplo interessante e um pouco mais novo da era de "torcedores de papelão" é Actua Soccer, lançado em 1995. O game foi inovador ao trazer os jogadores para um ambiente mais realista de futebol, com várias câmeras, replays, estádios detalhados e torcedores. Claro, nesse caso, a torcida fazia um papel bastante figurativo e não passava de um borrão nas arquibancadas.
Versões hackeadas
Pro Evolution Soccer (o popular PES), lançado para o PlayStation 2 em 2001, inaugurou uma nova era para os torcedores virtuais de futebol. Isso porque o game deu início aos licenciamentos coletivos de campeonatos e clubes para o videogame. Foi nessa época que começaram a surgir as opções de estádios inspirados nas famosas arenas europeias e, com isso, também entrava em jogo o clima das torcidas locais.
Além de ser considerada a era de ouro do game da Konami a geração do PS2 também trouxe para os brasileiros as primeiras versões hackeadas de Pro Evolution Soccer. Chamado de Bomba Patch o "PES pirata" contava com times brasileiros mais atualizados, uniformes com patrocinadores e permitiam que os fãs se sentissem jogando em casa, já que incluía coros e cantos das torcidas brasileiras.
O que começou com uma forma de burlar o sistema acabou sendo incorporada aos jogos oficiais assim que EA Sports (Fifa) e Konami (PES) passaram a ter contratos de licenciamento com os clubes brasileiros.
Nos games atuais
No game Fifa 17, há uma expectativa grande sobre a forma como os estádios vão se comportar. A troca do motor gráfico da franquia promete dar aos desenvolvedores mais poder de fogo. Aproveitando o conteúdo que foi demonstrado nos trailers e nos gameplays do novo game, é possível dizer que os torcedores vão ter mais participação no jogo e realmente reagirem aos momentos da partida.
No trailer de anúncio do game, a EA Sports mostrou cenas da torcida do Chelsea e também a fanática torcida do alemão Borussia Dortmund.
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