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Ao estilo Lucas Lima: 6 atletas que foram para o rival depois de provocá-lo

UOL Esporte

01/12/2017 08h00

Como jogador do Santos, Lucas Lima cansou de provocar o Palmeiras nas redes sociais. Como no dia em que escreveu "Bate no peito e diz… Oitava final seguida!", em alusão à famosa frase de Zé Roberto no vestiário alviverde.

Agora, tudo mudou. E ele vestirá a camisa do clube que tanto ironizou. Um dia depois do anúncio oficial de seu acerto com o Palmeiras, aproveitamos para relembrar outros jogadores que tiraram sarro dos rivais e depois tiveram que engolir as próprias palavras.

Paulo Nunes e o "Paulistinha" do Corinthians

(foto: Folha Imagem)

Na mesma noite em que Edilson fez embaixadinhas, o palmeirense Paulo Nunes deixou o campo revoltado. "Faltou respeito. Nós não temos culpa que eles nunca ganharam a Libertadores. Fica com o Paulistinha, que é o título que eles merecem", reclamou.

O Corinthians ainda não tinha um título da Libertadores, mas o Palmeiras tinha acabado de vencê-la – o clássico em questão foi quatro dias depois da conquista da América. Só que ele não imaginava que assinaria com o grande rival em 2001.

"Ô Paulo Nunes, presta atenção: muito respeito com a camisa do Timão", cantou a torcida corintiana, que o hostilizou com xingamentos. Ele teve que prometer que honraria a camisa, mas sua passagem acabou sendo curta e terminou no fim do ano.

"Vê se você acha alguém que foi tão odiado [no Corinthians] quanto eu fui. Por isso que eu digo que a torcida do Corinthians teve razão em não me aceitar, porque eu, se fosse corintiano, também não me aceitaria", disse o ex-jogador em entrevista recente ao Fox Sports.

Pato colocou Ceni de joelhos… E mandou a torcida se calar

(foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress)

No fim de março de 2013, Toloi tentou um recuo absurdo para Rogério Ceni e ignorou a aproximação de Alexandre Pato, que descia em velocidade. O goleiro ergueu a perna para chutar a bola e acabou acertando o pé do atacante na dividida.

Desesperado, Ceni se ajoelhou diante do árbitro, mas não teve jeito: pênalti para o Corinthians. O próprio Pato cobrou, marcou e definiu a vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, mas causou polêmica de vez com o gesto em que pedia para o Morumbi se calar. Você se lembra da reviravolta: em fevereiro do ano seguinte, os rivais oficializaram a troca que também envolvia Jadson.

Ou seja, Pato foi obrigado a reencontrar a camisa tricolor do outro lado. A ironia é que ele acabou se identificando muito mais com o São Paulo, ganhou músicas como "ô, ô, ô, deixou de ser galinha pra jogar no Tricolor" e, desde então, até já provocou o Corinthians algumas vezes.

As partes íntimas (e o rebolado) de Edmundo

(foto: reprodução)

Em 1995, quando jogava pelo Flamengo, Edmundo reagiu com força aos xingamentos dos torcedores do Vasco: apontou para a própria virilha em um gesto que não precisa de tradução.

A questão é que o atacante acabou se tornando muito mais importante para a torcida cruz-maltina do que para a rubro-negra. Dois anos depois, já com a camisa do Vasco, o Animal fez três gols na goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo e comemorou… Rebolando.

Viola e a feijoada "cheia de carne de porco"

(foto: Vida Cavalcanti/Agência Estado)

Revelado pelo Corinthians, Viola deixou o Valencia para assinar com o Palmeiras em 1996, três anos depois de ter imitado um porco na comemoração de um gol sobre o Verdão. Na ocasião, manteve a brincadeira no vestiário ao homenagear a mãe: "o gol vai para ela, que me fez uma feijoada especial, cheia de carne de porco."

É importante lembrar que a provocação parece ter dado força ao Palmeiras, que conquistou o título paulista de 93 e quebrou um jejum de quase 17 anos. Curiosamente, 10 anos antes, em 1986, o clube já havia até assumido o apelido e o mascote, antes visto de maneira pejorativa.

Romário prometeu que faria vascaínos chorarem

(foto: Reuters)

Romário foi apresentado ao Flamengo em 1995, quando já tinha conquistado a idolatria da torcida do Vasco – clube que ele ainda voltaria a defender em três outras passagens. Nem isso o impediu de fazer graça na coletiva de imprensa.

"O que eu posso falar para a torcida do Vasco é que quando tiver um Vasco e Flamengo, é melhor levar lenço para o Maracanã porque vão chorar muito", provocou. O Baixinho ainda comemorou um gol pedindo silêncio à torcida cruz-maltina.

Neilton chamou o São Paulo de "lixo"

Não pegou bem de maneira alguma. Quando ainda era uma promessa do Santos, anos antes de assinar com o São Paulo em 2017, Neilton escreveu isso em sua conta do Twitter: "tô assistindo ao jogo do lixo do São Paulo com a minha mãe."

Mas a bola pune, como diria o ídolo são-paulino Muricy Ramalho. No início deste ano, o atacante foi contratado por empréstimo pelo Tricolor a pedido de Rogério Ceni. Logo de cara, se disse são-paulino e teve que se explicar aos torcedores que encontraram a mensagem antiga. "Foi um erro, que não representa o que pensava e muito menos o que penso hoje", justificou.

Bônus: o Capetinha enlouqueceu palmeirenses e corintianos

É possível que você tenha pensado em Edilson enquanto lia essa lista, mas ele fez o caminho inverso: provocou o Palmeiras depois de se transferir para o Corinthians. A maioria do público deve conhecer a história de quando ele enlouqueceu o Verdão com suas embaixadinhas em 1999, na final do Paulista que terminou com briga generalizada.

Mas, hoje em dia, alguns já não devem se lembrar que o atacante foi jogador do Verdão bem antes daquilo. No estadual de 1994, por exemplo, ele entortou a defesa do Corinthians com um golaço precedido por uma sequência de dribles.

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A equipe de jornalistas do UOL Esporte seleciona para você os fatos mais curiosos, os vídeos mais divertidos e tudo que viralizou nas redes sociais.

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