A 3 anos do Rio-2016, relembre medalhas inesperadas do Brasil em Olimpíadas
Crédito: Darren Staples/Reuters
Na última semana, no dia 12, completou-se um ano da última medalha do Brasil nas Olimpíadas de Londres, conquistada de forma surpreendente por Yane Marques no pentatlo moderno. Foi a última conquista do país antes do início do Rio-2016, que ocorre daqui exatos 3 anos – entre 5 e 21 de agosto.
Para comemorar a data, o UOL Esporte lista abaixo as medalhas mais inesperadas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos, tal como a de Yane. Faltou alguma? Comente!
Yane Marques
A medalha que Yane conquistou no último dia de Londres-2012 surpreendeu ao Brasil. Quando todas as decepções já haviam deixado a torcida desanimada, a pernambucana surgiu e, aos poucos, foi chamando a atenção durante o dia de disputas do pentatlo moderno.
O pentatlo é formado por cinco provas completamente diferentes. Na esgrima, a primeira, ela ficou em 6°, subindo para a vice-liderança após o hipismo e a natação. Foi quando todos começaram a observar a pernambucana, que largou entre as primeiras na prova combinada de corrida e tiro. Apesar de cair para a terceira colocação, garantiu o bronze suado.
Ketleyn Quadros
O Brasil nunca havia conquistado uma medalha em provas individuais femininas e nada indicava que Ketleyn Quadros seria a responsável por quebrar essa escrita, principalmente quando perdeu na segunda fase da categoria até 57 kg no judô feminino em Pequim-2008.
Porém, ela contou com a sorte de sua algoz, a holandesa Deborah Gravenstijn, segui na chave, o que fez a brasileira disputar a medalha de bronze via repescagem. Lá, bateu a medalhista de ouro em 200, a espanhola Isabel Fernandez, para depois conquistar a medalha ao bater por ippon a japonesa Aiko Sato, quebrando enfim o tabu e dando a primeira medalah feminina do Brasil em esportes individuais.
Crédito: Caio Guatelli/Folhapress
Tiro Esportivo
Não sabemos qual foi a reação do povo brasileiro quando a notícia de que o país havia conquistado três medalhas nos Jogos de Antuérpia, em 1920, sendo todas no tiro. Mas a surpresa continua até hoje a acometer todos que, quando vão pesquisar sobre a história do país nas Olimpíadas, descobrem que o primeiro ouro, a primeira prata e o primeiro bronze brasileiros foram todos no tiro.
Em 1920, Guilherme Paraense conquistou o 1° ouro do Brasil ao vencer a prova de pistola rápida. Além disso, ficou com o bronze na prova por equipes pistola livre, ao lado de Dario Barbosa, Fernando Soledade, Sebastião Wolf e Afrânio da costa. Afrânio, por sua vez, foi o responsável pela primeira prata brasileira, também na pistola livre.
Basquete masculino
O basquete no Brasil vive um de seus piores momentos da história, principalmente no masculino, que finalmente voltou aos Jogos em Londres após 16 anos de ausência, mas não passou das quartas de final. Só que o país tem 3 medalhas na modalidade entre os homens.
Duas foram conquistadas pela histórica geração bicampeã mundial em 1959 e 1963, formada por Wlamir Marques, Rosa Branca, Amaury e Ubiratan, entre outros. Eles ficaram com o bronze em Roma-1960 e Tóquio-1964, medalhas esperadas.
Mas antes, em 1948, o país surpreendeu ao conquistar o bronze em Londres. Com apenas uma derrota na competição, para a França, nas semifinais, eles conquistaram a primeira medalha em esportes exclusivamente coletivos do país.
César Cielo
César Cielo é o principal nome da história da natação brasileira. Mas nem sempre foi assim. Em 2008, ele chegou a Pequm credenciado para brigar por medalhas nos 50 m, mas nos 100 m não era muito comentado. Porém, dois dias antes da glória nos 50 m, ele espantou os rivais ao, nadando na raia 8, disparar para o bronze.
Ele, até hoje, não gosta de nadar os 100 m e, no Mundial de Barcelona, neste ano, não se inscreveu para a prova. O que só aumenta a importância daquela inesperada medalha.
Crédito: Satiro Sodré/CBA
Esquiva e Yamaguchi Falcão
O boxe não levava uma medalha há 44 anos, com Servílio de Oliveira na Cidade do México-1968, quando Adriana Araújo levou o bronze na categoria até 60 kg. Só que a a medalha veio em uma categoria com poucas lutadoras.
Então, quando Esquiva Falcão e Yamaguchi Falcão, os irmãos, conquistaram as primeiras medalhas entre os homens desde 1968, todos ficaram surpresos, até porque a maior esperança do Brasil em Londres era Everton Lopes.
O carisma de ambos e de seu pai, Touro Moreno, ajudou a aumentar a felicidade do país pela prata de Esquiva e pelo bronze de Yamaguchi.
Crédito: Flavio Florido/UOL
Tetsuo Okamoto
O nome é desconhecido da maioria dos brasileiros, mas ele é o responsável pela primeira medalha brasileira na história da natação olímpica, um bronze nos 1500 m em Helsinque-1952.
Desde lá, 61 anos se passaram, e ninguém do Brasil chegou perto de conquistar um resultado expressivo na prova de 1500 m.
Crédito: Arquivo Folha
Arthur Zanetti
No meio da ginástica, Zanetti já era considerado uma real força nas argolas. Mas muitos brasileiros ainda acreditavam que os principais nomes do país na modalidade estavam nos irmãos Hypólitos, ou em Daiane dos Santos.
Zanetti entrou para sua prova em Londres-2012 tranquilo, fez uma série mais fraca nas eliminatórias para esconder o jogo e, nas decisão, já desceu das argolas sorrindo, pois sabia que o ouro era quase certo. E foi, com a nota de 15,900. Para surpresa de muitos brasileiros, que agora sabem o nome do primeiro brasileiro medalhista na ginástica na história.
Crédito: Phil Walter/Getty Images
Vela
O Brasil pouco conhece sobre a vela, no que se refere aos torcedores, aos fãs de esporte em geral. Mas o país tem 17 medalhas na modalidade em Olimpíadas.
E toda vez que um nome que não seja Robert Scheidt ou Torben Grael conquista uma medalha, a surpresa é geral. Em 2008, por exemplo, Fernanda Oliveira e Isabel Swan levaram o bronze na 470, e se tornaram as únicas mulheres brasileiras medalhistas na vela.
Crédito: Wander Roberto/Divulgação COB
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