Demitido de rádio após briga ao vivo não se arrepende: "defendi minha mãe"
A discussão entre Kenny Braga e Paulo Sant'Anna no programa 'Sala de Redação', da Rádio Gaúcha, ganhou muita repercussão na última segunda-feira. Durante a briga entre os dois, os jornalistas começaram a gritar ao vivo e chegaram até a soltar palavrões, o que terminou com a demissão de Braga.
Apesar de perder o emprego, o jornalista não se arrepende de ter xingado o companheiro e disse que faria o mesmo caso passasse pela situação novamente, pois não aceita que falem da sua mãe, que morreu quando ainda era criança, no ar.
"Ele respondeu de forma grosseira e mal educada, isso nunca aconteceu no Sala, é inominável, imperdoável. Ele não sabe se ela está viva ou morta, perdi ela quando tinha três anos. Lembrei da foto que tenho nos braços dela e respondi a altura", falou ao UOL Esporte.
"Não me arrependo de nada, defendi a memória da minha mãe e faria isso de novo. Esse tipo de agressão é intolerável, inadmissível", completou.
Prestes a completar 70 anos, Braga estava no programa gaúcho há 35 anos e achou exagerada a decisão da rádio.
"Minha demissão me surpreendeu, foi uma decisão exagerada, um exagero. Poderia admitir ser suspenso alguns dias, tudo bem, mas foi um exagero, um absurdo, outras vezes aconteceram fatos muitos mais graves e nunca aconteceu nada, ninguém foi demitido", afirmou o jornalista que foi comunicado da demissão logo após a briga.
"Quando terminou o programa, fui comunicado pelo gerente que estava desligado. Isso teve uma repercussão absolutamente impressionante, nunca imaginei que teria essa repercussão. Passei o dia inteiro no telefone, recebendo solidariedade das pessoas, gremistas e colorados, foi uma tremenda injustiça, é um absurdo. Cara que provocou, está suspenso temporariamente, cara que respondeu foi demitido", complementou.
Enquanto o grupo RBS, responsável pela emissora, anunciou a demissão do Braga, Paulo Sant'Anna foi suspenso do programa.
Apesar de considerar injusta a decisão da empresa, Braga não descarta a possibilidade de voltar à emissora caso os problemas sejam resolvidos e a Rádio Gaúcha o aceite de volta.
"Se chegar a um acordo, não tenho problema voltar a atrás. A decisão deles foi abrupta, impensada, no calor dos fatos, não pode decidir no calor, tem de ouvir as partes, as discussões vão continuar ocorrendo, ainda mais pós-Grenal", finalizou.
Caso o acerto com a rádio não seja pela sua permanência, o jornalista fala em se reciclar para arranjar um novo emprego, mas não teme ficar desempregado. Procurado para comentar o episódio, o jornalista Paulo Sant'Anna apenas informou que não está liberado para dar entrevistas.
Leandro Carneiro
Do UOL, em São Paulo
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