Casos de atletas batendo em torcedor são raros; Cantona é um dos clássicos

Cantona agride torcedor do Crystal Palace (Crédito: AP Photo/Steve Lindsell)
A cobrança do torcedor apaixonado pelos atletas de seu clube pode, algumas vezes, extrapolar os limites dos xingamentos das arquibancadas. Com alguma frequência, surgem imagens de fãs irritados que invadiram a área de competição para tirar satisfação e até agredir os jogadores. Ocorrer o contrário, no entanto, é bem raro. O caso do ex-atacante francês Éric Cantona é um dos clássicos nesse quesito.
O fato ocorreu há 20 anos, em 1995, durante partida do Manchester United, clube o qual defendia, contra o modesto Crystal Palace. De temperamento explosivo e com a carreira marcada por diversas polêmicas, o próprio Cantona define esse episódio como um dos mais marcantes de sua vida futebolística. Na partida, ele acabou expulso e, logo depois, perdeu a cabeça.
Cantona recebeu o cartão vermelho e deixava o gramado enquanto era xingado por torcedores do Crystal Palace. Irritado, ele partiu para cima de um deles, dando uma voadora e trocando socos até ser contido pelos companheiros. O episódio rendeu nove meses de suspensão, além de multa de 25 mil dólares.
O craque francês, obviamente, não foi o único a perder a paciência com um torcedor, embora sua agressão tenha sido, sem dúvida, a mais "gratuita", motivada por xingamentos tão comuns durante a partida. Nessa semana, na partida entre Banvit, da Turquia, e Buducnost, de Montenegro, pela Euroliga de basquete, um torcedor invadiu a quadra para agredir um jogador turco. Só que o invasor não contava que o pivô Earl Rowland iria defender o companheiro.
Algo semelhante aconteceu no rúgbi, em partida dos Estados Unidos contra a África do Sul, em dezembro. Um torcedor invadiu o gramado e tentou derrubar o americano Perry Baker, que revidou acertando um chute no sujeito enquanto esteve estava caído no chão. Pelo Twitter, ele chegou a se desculpar com os fãs, mas recebeu apoio quase incondicional pela atitude extrema tomada.
Em 2013, o técnico Nelson Vivas, que dirigia o Quilmes, da Argentina, teve que lidar com as consequências de uma explosão de raiva após empate contra o Atlético de Rafaela, pelo Campeonato Argentino. Na saída do gramado, ele trocou socos e pontapés com um torcedor. Apesar de dizer que estava apenas se defendendo, acabou demitido do cargo.
Não adianta revidar, portanto. Foi o que fez Eran Zahavi, jogador do Maccabi Tel-Aviv, durante partida contra o Hapoel, em novembro, pelo Campeonato Israelense. Torcedores de ambos os times invadiram o gramado para agredir os jogadores, que revidaram e também distribuíram socos e chutes – Zahavi foi um dos flagrados. O jogo estava 1 a 1, mas acabou suspenso aos 33min do segundo tempo. Dez pessoas foram presas, os times não pontuaram na partida e tiveram de fazer quatro partidas com portões fechados.

Crédito: AP Photo/Alain Schieber
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