10 "joias" do Real Madrid que decepcionaram e não cumpriram a expectativa
A "cantera" do Real Madrid tem muitos candidatos a craques Mayoral, Asensio e Odegaard já pedem passagem. Raúl, Casillas e Butragueño são ídolos criados no clube. Outros como Mata, Eto'o e Morata só deslancharam vestindo outras camisas. E sempre há aqueles jogadores que prometeram muito no juvenil, mas não tiveram o mesmo sucesso entre os profissionais:
1. Javier Portillo
É simplesmente o maior goleador das categorias de base do Real Madrid, com mais de 700 gols marcados. Superou a marca de Raúl, mas disputar posição com ele nos profissionais foi outra história. E ainda tinha Ronaldo e Morientes. Saindo do banco, evitou a eliminação precoce do Real na Liga dos Campeões de 2002/2003 com um gol nos acréscimos contra o Borussia Dortmund. Mas nem a fama de talismã o ajudou. Foi emprestado para a Fiorentina, depois para o Brugge, e quando voltou ao Real, nem teve o contrato renovado. Encerrou a carreira no ano passado, defendendo o Hércules, da terceira divisão espanhola.
2. Óscar Miñambres
O lateral-direito era peça importante do Real Madrid B e foi promovido ao time principal. Mas ficou na reserva e entrou em campo apenas 18 vezes entre 2002 e 2003. Foi emprestado ao Espanyol na temporada seguinte, e foi lá que sofreu a grave lesão no joelho que abreviou sua carreira. Aposentou-se em 2007, com apenas 26 anos, e investiu em uma tabacaria. "Pensei que o mais seguro em tempos de crise era o tabaco", declarou na época. Em outra entrevista mais recente, criticou a falta de chances para jogadores da base: "O Real Madrid não é mais um clube, virou um negócio".
3. Francisco Pavon
Na era galáctica do inicio dos anos 2000, o Real Madrid estabeleceu uma política que foi apelidada de "Zidanes y Pavones". Ou seja, para cada astro comprado, um jogador seria promovido da base. O zagueiro Francisco Pavon virou o símbolo desta fase. Promissor nas categorias de base, não convenceu no time principal. Mesmo assim, graças a esta política, fez mais de 100 jogos e participou das grandes conquistas. Suas aparições foram diminuindo aos poucos, até que se transferiu para o Zaragoza, em 2007. Depois de uma passagem pelo Arles-Avignon, da França, ficou dois anos sem clube, e se recusou a entrar na fila do seguro-desemprego: "felizmente não preciso". Foi quando decidiu pendurar as chuteiras.
4. Rubén Gonzalez
Após se destacar em 84 jogos pelo time B, foi promovido graças à lei dos "Zidanes y Pavones", e seu empresário chegou a dizer que ele era "o melhor defensor que já saiu da base do Real Madrid". Só que, pelo time principal, foram apenas quatro partidas. A última delas foi traumática. Depois de fazer um gol contra na derrota por 4 a 1 para o Sevilla em 2003, foi substituído aos 25 minutos do primeiro tempo. Chegou a chorar no banco de reservas. Saiu de Madri e passou por vários clubes até chegar ao Zaragoza, onde joga atualmente.
5. David Mateos
Depois de três temporadas consistentes no Real Madrid Castilla, o zagueiro chamou a atenção do técnico José Mourinho e foi chamado para treinar com os profissionais em 2010. Fez sua estreia nos dez minutos finais de um jogo da Liga dos Campeões contra o Ajax, e começou o ano de 2011 emprestado ao AEK, da Grécia. Quando voltou a Madri, foi para disputar a segunda divisão espanhola pelo Castilla, o time B. No ano passado, o Orlando City o contratou sem custos, e hoje ele atua ao lado de Kaká.
6. Raul Bravo
Apesar de ter feito parte da seleção espanhola na Eurocopa de 2004, o lateral-esquerdo virou outro símbolo da era "Zidanes y Pavones". Inclusive fez sua estreia no mesmo dia que Pavon. Mesmo com Roberto Carlos titular absoluto, o técnico Carlos Queiroz o escalava como zagueiro, e foi nesta época que ele jogou mais e chegou a ser convocado. Contestado pela torcida, perdeu espaço com Fabio Capello e buscou outros rumos. Está no Veria, da Grécia.
7. Javier Balboa
Era uma das principais promessas da base na época em que Vanderlei Luxemburgo treinava o Real. O técnico brasileiro promoveu a estreia do meia durante uma derrota para o La Coruña: Balboa substituiu Beckham. Foi o primeiro de apenas sete jogos no time principal. Em 2007, conseguiu um "feito": deixou Pepe sangrando após uma briga com o zagueiro português no meio de um treino. Saiu do Real rumo ao Benfica, que pagou 4 milhões de euros. Balboa não correspondeu ao investimento e foi emprestado para clubes menores de Portugal até chegar ao Estoril, onde está hoje.
8. Alberto Bueno
Surgiu como promessa da base depois de ser o artilheiro da Espanha Sub-19 na campanha vitoriosa do Europeu em 2006. Fez quase 100 jogos pelo Real Madrid B, mas apenas três no time principal. Sem espaço, passou por Valladolid e Rayo Vallecano antes de chegar ao Porto, onde chegou no ano passado, mas ainda não conseguiu se firmar.
9. Edgar
O atacante angolano foi o tipo de caso em que o clube não mede consequências para contratar um jogador, mas não vê resultados em campo. O Real Madrid "roubou" Edgar do Benfica em 1998, irritando o presidente do clube português: "O Real Madrid não pode presumir ser um grande clube se, para contratar um jogador da nossa base, não fala antes com a gente". No fim da história, Edgar não chegou a disputar nenhum jogo oficial com a camisa merengue. Saiu no ano seguinte rumo ao Málaga, onde foi peça importante durante 9 anos.
10. Denis Cheryshev
O meia-atacante russo de 25 anos é mais um exemplo de como o Real Madrid não tem espaço para as crias da base. Está no terceiro empréstimo seguido, desta vez para o Valencia, mas já demonstrou mágoa por não ter chances no Bernabéu depois de uma carreira promissora na base e uma passagem positiva pelo Villarreal. Se deslanchar, dificilmente será com a camisa merengue. Olho nele…
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.