Mistura de rúgbi com MMA para cidade italiana com tradição sangrenta de 5 séculos
Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo
Todo ano, no mês de junho, Florença para. A cidade italiana recebe em sua principal praça, a Piazza Santa Croce, uma arena com areia e terra cercada por uma arquibancada de italianos sedentos por um esporte com tradição de cinco séculos. O calcio fiorentino, não vamos negar, é agressivo. Imagine um rúgbi, só que ainda mais violento e sem regras.
O negócio realmente é bruto: sangue e suor – lágrimas não devem rolar muito dos rostos desses brutamontes. O objetivo é bem semelhante ao do rúgbi, levar a bola à área do outro lado do campo, para marcar o que chamam de "caccia". Mas, para chegar lá, meu amigo… Vale o que se achar melhor entre os 27 jogadores de cada time: cabeçadas, cotoveladas, chutes, joelhadas e tudo mais. Mãos e pés podem ser usados com a bola.
São quatro times na disputa. A cada ano, ocorrem semifinais e a final. Mas até estes poucos jogos já estiveram em risco. Em anos passados, o calcio fiorentino foi suspenso e ganhou novas regras: só podem ir a campo jogadores com menos de 40 anos e as fichas criminais são analisadas, para tentar coibir a violência gratuita fora do âmbito esportivo.
E o que vale tudo isso? O prêmio é uma novilha de raça. Pelo jeito o amor ao tradicional esporte é que move esses homens, sendo que até papas participavam em séculos passados (Papa Clemente VII e Papa Urbano VIII, por exemplo). Neste ano, o time azul foi o campeão, com uma vitória de 2 a 0 sobre a equipe branca.
Para quem ficou curioso em ver como o calcio fiorentino, o vídeo abaixo dá um aperitivo:
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