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Sim, há regras: Olimpíada da Lama se organiza pela caridade

UOL Esporte

30/07/2013 06h00

Axel Heimken/AP

Desde 1978, a maré baixa de verão nas margens do rio Elba, no norte da Alemanha, serve de playground para um bando de malucos que aproveita o lamaçal para praticar verões diferentes de esportes como futebol, handebol, basquete e até trenó. Mas foi apenas em 2004 que as Olimpíadas da Lama se organizaram de vez e ganharam até nome: Wattolümpiade.

Além de atrair fotógrafos e curiosos do mundo inteiro, o inusitado evento na cidade de Brunsbüttel, perto de Hamburgo, teve um propósito maior para se organizar e começar a cobrar ingressos: a caridade. Desde 2004, os Jogos da Lama já arrecadaram 200 mil euros para a Schleswig-Holstein Society, que ajuda portadores de câncer na Alemanha.

A última edição da Wattolümpiade reuniu 38 equipes e mais de 400 pessoas em clima de gincana e também de festa. No último sábado, a abertura contou com a participação de um DJ para comandar a balada na lama.

Afinal, a diversão é o outro propósito essencial do evento, mas as regras não ficam de lado. Devido aos horários das marés, há um toque de recolher na chamada "Arena Olímpica", e as equipes que se atrasam são automaticamente desclassificadas. Todos os jogos são divididos em dois tempos de oito minutos.


Também devido ao movimento das marés, não é permitido usar produtos para remover a lama entre as competições, para evitar a contaminação do rio. O uso de sapatos é recomendado, já que, no meio da lama, pode haver pedras afiadas. Só não é permitido usar calçados mais pesados, como chuteiras, que possam machucar os outros.

As crianças são bem-vindas, mas devem ser acompanhadas de um adulto. As que tiverem menos de 1,20 de altura não pagam o ingresso de 3 euros. Não há, no entanto, uma regra de antidoping, o que torna comum a presença de atletas inebriados chafurdando na lama.

A vitória sempre fica com a instituição de caridade, que só neste ano embolsou 25.900 euros doados pelo evento. A arrecadação foi feita não apenas com a receita dos ingressos, mas também com as doações feitas pelas próprias equipes. No começo de julho do ano que vem, a Wattolümpiade completará dez anos de organização em prol da caridade, embora a tradição da lama já dure mais de 35 anos.

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