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Como um fenômeno do taekwondo virou a viking mais bela da TV

UOL Esporte

25/04/2014 06h00

Você já deve ter visto Katheryn Winnick nas telas de cinema vivendo personagens em que sua beleza está em foco. Loira de olhos azuis e belos traços, a canadense trocou a imagem de moça bonita para viver recentemente um papel bem mais casca-grossa: ela é uma das protagonistas da série Vikings, em que interpreta uma guerreira mítica. A personagem caiu como uma luva para a atriz, que foi um fenômeno do taekwondo, quando era apenas uma garotinha, e hoje sequer precisa de dublês.

Katheryn, Vikings - Reprodução - Reprodução
'Eu tive de aprender a lutar com espada e escudo, saber como manusear armas pesadas, mas foi natural por eu já ter experiência em lutas. Tive que me segurar para não jogar uns chutes rodados nas gravações, mas foi tudo bem'
Imagem: Reprodução
A canadense já fez papéis secundários em filmes de ponta como "Par Perfeito", "Amor e Outras Drogas", "Como Se Fosse a Primeira Vez" e nos seriados "Bones" e "House". Hoje está no ar com a segunda temporada de Vikings, em que vive Lagertha, uma figura famosa na mitologia nórdica por seu talento como uma das raras mulheres a escolherem a vida de guerreiras – de acordo com as histórias contadas desde o século 12.

E da vida de guerreira ela conhece. Katheryn, de 36 anos (é isso mesmo, por incrível que pareça), é uma descendente de ucranianos que só falava a língua do país europeu até os oito, mesmo tendo nascido no Canadá. Antes mesmo de aprender inglês, ela já estava dando seus primeiros golpes. Aos sete anos ela começou a treinar artes marciais e seu talento se sobressaiu.

Treinando taekwondo, a garotinha não tardou a chegar à faixa-preta e aos 13 já exibia a condecoração em sua cintura – algo raro para uma menina tão nova.

"Minha família era ligada a esportes e meus pais decidiram que seria uma coisa que seria feita com todos juntos. Então, logo aos sete comecei a fazer artes marciais e aos 13 consegui a faixa-preta", contou Katheryn, à revista Vanity Fair. Ela chegou à terceira graduação dada aos faixa-pretas.

O curioso é que o talento de Katheryn não foi direcionado para ela disputar Olimpíadas, como a maioria das lutadoras. Ela chegou a ser a número 2 do seu país, mas embarcou em projetos que mudaram seus rumos. Aos 16 anos ela abriu sua academia e passou a dar aulas. Aos 21, já na faculdade, estudava e liderava três locais de treino. "Eu tinha um mestre muito rigoroso e ele não gostou nada quando comecei a fazer mais sucesso que ele. Mas eu achava que podia fazer melhor e realmente fiz", revelou, sem falsa modéstia.

"Comecei então a dar aulas para atores e atrizes em cenários de filmes", explicou ela, que teve então seu contato com o mundo artístico. A possibilidade de investir numa carreira de atriz virou real e serviu como uma terapia para ela se conhecer melhor.

"Passei a fazer aulas de atuação para conhecer a mim mesma. Artes marciais são duras, as mulheres não podem mostrar emoção e eu treinava quatro horas por dia. Ao atuar, eu vi a chance de me conhecer melhor e acabou dando certo fazer isso em frente à câmera. Virou minha carreira", detalhou a faixa-preta, que fechou suas academias em busca do novo sonho.

Depois de muitos papéis secundários, Vikings surgiu como a chance perfeita para Katheryn juntar duas coisas: o desejo de interpretar uma mulher intensa e o objetivo de estar entre os principais personagens de uma série. O trabalho foi desenvolver ainda mais suas lutas, aprendendo a trabalhar com instrumentos como espada e escudo.

"Eu estava procurando uma série em que pudesse fincar meus pés e usar o lado mais físico da minha história. Foi perfeito. Minha personagem é baseada em uma guerreira real que era casada com o lendário Ragnar Lothbrok. É incrível como as mulheres vikings lutavam junto aos homens, como elas tinham poder na sociedade", analisou ela, uma das únicas mulheres em ação no seriado. "As gravações cheias de testosterona lembram meus períodos no taekwondo, quando tinha de ser uma garota durona no dojo."

Além da carreira de atriz, Katheryn planeja voltar a dar aulas em breve, mas usando a licença que tem que a permite trabalhar de guarda-costas se quiser. Ela quer ensinar defesa pessoal, usando tudo o que aprendeu nas artes marciais em prol de outras mulheres.

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